E nesta terça, 29, estive na Casa das Rosas por intenções de conhecer mais a Patricia Galvão (PAGU) depois de ter recém descoberto alguns de seus feitos como comunista - presa 23 vezes por conta de -, poetisa, jornalista, agitadora cultural e uma revolucionária dos bons costumes, uma vez que separa Tarsila do Amaral de Osvald de Andrade e se casa com ele. Fantástica mulher.
O evento era uma mesa redondo sobre Pagu Jornalista, de escrita impecável e extraodinária de me dar inveja, mas pode-se saber muito além.
Em junho se comemora seus 100 anos desde seu nascimento em 9 de Junho de 1910 e há programções espalhadas pelo mês de Julho, assim como teve em Junho também.
Confira a programação: http://amanhatem.blogspot.com/2010/06/pagu-especial-julho-casa-das-rosas.html
http://www.pagu.com.br/blog/clipping/ [Neste há uma referência ao meu blog no dia 29/06, veja!]
Tive a oportunidade de compartilhar o que o filho de Patricia, Geraldo Galvão, podia nos dizer sobre sua mãe e ter um pouco de inveja quando cita sua recordação ser os dedilhares dela em sua máquina de escrever (Cuja está exposta na casa das rosas), e também por Márcia Costa, cujo mestrado focou-se no jornalismo cultural praticado por Patrícia nos seus últimos anos de vida.
Foi uma excelente mesa redonda, e apesar de a timidez não me deixar pedir autógrafos, pude tirar fotos dignas da primeira fila em que estava. E nesta, pude ter certeza da maravilha de coisas que a Patricia foi capaz desde de muito nova, rebelde o suficiente para ser lembrada de maneira única e influenciado - para mim, ao menos -. Tenho certeza que encontrei um regente de meus anseios, tornar prática minhas intençõs e saber que é possível mobilizar Santos quando se têm a ajuda de Geraldo Ferraz, então por que não minha região e vida?
O público desse evento foi limitado e cadeiras sobraram no salão de recepção da casa das Rosas e me senti previlegiado e até, de certa forma, perturbado por ser um evento de magnetude tal, que deveria ter gente em pé com seus gravadores a postos e canetas inquietas pela sede das palavras ditas em memória de tão celebrada personagem.
Foi então que, na quinta, 1°, A Casa das Rosas lotou. O evento de lançamento do Livro Foto-Biográfico Viva Pagu teve seu auge para os burgueses inquietos por coquetéis e reconhecimentos de pseudo-intelectuais, pegando suas revistinhas da Poiesis como se fossem ler ao menos uma linha, conhecimento tão grande o deles que não tiveram tempo de perceber que a revista era do começo de maio, com lançamento bimestral. Expondo elas como sinal de interesse a poesia. mas nada mais insuportável do que os Wiki-Intelectuais comentando sobre a Pagu nos salões, esses os que diziam algo sobre ela. Lotando os salões de ignorância e repórteres entrevistando madames de brincos com pedras reluzentes, que chegaram em carros lindos, ao estilo fru-fru. Ficassem em casa. Comprassem seus próprios champagnes. mas se tem algo a que agradeço é pelas modelos e rostos magníficos de quem não trabalha, finge que, para esbanjar um pouco de elegância ao lugar, já que ele estava apodrecendo e começando a cheirando mal.
O evento tinha como previsto início às 20h. Chego às 18h00. Espero um amigo até às 18h50. Entramos, tomamos refrigerante. Lugar lotado. Salas lotadas. Gente fresca. Bebida aguada. Saímos às 19h40.
Um monte de burgueses festejando o comunismo de Pagu é de uma ironia que demorará por haver outra a que comparar.
Conheço pouco de Patricia/Pagu, muito pouco. Mas sinto um tanto mais de orgulho pelo dia 29/06 que passei me encantando e apaixonando por ela. E nojo deste dia 1°, que a âmbito pessoas foi desatre (À comentário do autor).
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